A seiva da amor...




São misteriosos os caminhos que vão do coração de um homem na direção do coração da mulher  e do coração da mulher na direção do coração homem. Igualmente misteriosas são as travessias do coração de dois homens e respectivamente de duas mulheres que se encontram e declaram seus mútuos afetos.

Desse ir e vir nasce o enamoramento, o amor e por fim o casamento   ou a união estável. Como temos a ver com liberdades, os parceiros se encontram inevitavelmente expostos a eventos imponderáveis.

         A própria existência nunca é fixada uma vez por todas. Vive em permanente dialogação com o meio. Essa troca não deixa ninguém imune. Cada um vive exposto. Fidelidades mútuas são postas à prova. No matrimônio, passada a paixão, inicia a vida cotidiana com sua rotina cinzenta. Ocorrem desencontros na convivência a dois. irrompem paixões vulcânicas pelo fascínio de outra pessoa.  Não raro o êxtase é seguido de decepção. Há voltas, perdões, renovação de promessas e reconciliações. Sempre sobram, no entanto,  feridas que, mesmo cicatrizadas, lembram que um dia sangraram.

Não basta o amor platônico, virtual ou à distância. O amor exige presença. Quer a figura concreta que é mais mais que o pele-a-pele mas o cara-a-cara e o coração sentindo o palpitar do coração do outro.

         Bem diz o místico poeta: o amor é uma doença que, nas minhas palavras,  só se cura com aqulo que eu chamaria de ternura essencial. A ternura é a seiva do amor. “Se quiseres guardar, fortalecer, dar sustentabilidade ao amor seja terno para com o teu companheiro oua tua companheira”. Sem o azeite da ternura não se alimenta a chama sagrada do amor. Ela se apaga.

Na verdade só conhecemos bem quando nutrimos afeto e nos sentimos envolvidos com a pessoa com quem queremos estabelecer comunhão.

A relação de ternura  não envolve angústia porque é livre de busca  de vantagens e de dominação. O enternecimento é a força própria do coração, é o desejo profundo de compartir caminhos.  A angústia do outro é  minha angústica, seu sucesso é  meu sucesso e sua salvação ou perdição  é  minha salvação  e minha perdição e, no fundo, não só minha mas de todos.


"O amor e a vida são frágeis. Sua força invencível vem da ternura com a qual os cercamos e sempre os alimentamos."

Sei que me amavas


Non dire no, che ti conosco e lo so cosa pensi

Non dirme no
Os tempos vão
Foram-se os tempos e agora te calas
Tu já não falas se falo de amor
Se tens as malas prontas, não finjas, tudo acabou
Porque já não se vê
O teu sorriso ao amanhecer
Porque já não sou mais teu bem-querer
Se ami sai quando tutto finisce
Se ami sai come un brivido triste
Come in un film dalle scene già viste
Che se ne va oh no !
Se o amor acaba a ninguém cabe a culpa
Se o amor acaba não cabe desculpa
Agora aperte as minhas mãos, sim
Pra que reste o recordar, sim.
Amanhã.
E non si può
Chiudere gli occhi e far finta di niente
Come fai tu quano resti con me
E non trovi il coraggio di ddirmi che cosa c´è
Erá dentro di me come una notte d´inverno perché
Será da oggi in poi senza di te
Sei que me amavas e agora é tão tarde
Sei que me amavas e agora é saudade
No nosso filme o fim será triste
Não quero ver, oh não !
Sabes que é chegada a hora das dores
Dores de quando se acabam os amores
Agora aperte as minhas mãos, sim
pra que reste o recordas, sim
Amanhã
Não estarás
Mais aqui.